sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

...é você.

Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br

Às vezes no silêncio de um coração gritante, me flagro pensando em você. Esses dias não possuem mais o mesmo peso. Os meus olhos já não são mais os mesmos. Queria que fosse
tudo mais simples, mas talvez não teria paixão. Queria que todo o meu coração se transformasse em amor, porque metade de mim é amor, e a outra metade é vontade. Se duvidastes, quero dar-lhe o meu último suspiro, o que não mais que uma marca lhe faria, pois até mesmo a última granada da terra, marcante foste. Nada lhe peço em troca, pois o que fui, esqueci-me, o que sou é esmeralda, e o que serei, será para sempre, amor. Ninguém em seu lugar. Meus olhos, molhados por fantasmas de meu passado, já não se curvam mais diante de ti. E, sabe… egoísmo da absoluta parte em petulância, para mim, transcreve apenas o que não se pode evitar. Quero apenas que seja, porque metade de mim é o que sou, e a outra metade, é você.

Texto por Felipe Silva Borborema