terça-feira, 19 de julho de 2011

Homenagem ao Dia do Amigo

Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br


   Quase todas as pessoas que passam pela nossa vida, passam sozinhas, mas nunca nos deixam só, pois sempre deixam algo delas em nós. São raras as pessoas que não passam simplesmente, mas ficam em nossa vida. São raras as pessoas que não apenas deixam algo conosco, mas roubam algo de nós. Mais raras ainda são as pessoas que além de nos roubarem algo, devolvem tudo em dobro, plantando uma semente em nossos corações: a amizade.
   Amigo não é aquele que simplesmente segura a barra quando necessário, mas é aquele que segura a mão para evitar a queda, e segura a mesma mão para te levantar quando ela acontece. Amigo não é sempre a pessoa que queremos, mas sim a que necessitamos. Quem tem um amigo, nunca morre. Pois os mesmos olhos que sorriem por toda a vida de um amigo, são os olhos que guardam a lembrança de tua amizade ao partir.

Texto por Felipe Borborema.

Essa foi uma mensagem de Felipe e Roberto para todos aqueles que valorizam a amizade como uma das principais virtudes humanas.

sábado, 16 de julho de 2011

Tão certo quanto o Talvez

Realmente me assusta a ideia de passar a vida inteira com alguém. É difícil enxergar o futuro por essa perspectiva, uma perspectiva frustrada de amor. Por menos hipócritas que sejamos, é difícil enxergar que sempre nos colocamos em primeiro lugar e nos importamos mais com nós mesmos do que com o outro. Isso justifica o fato de ter uma perspectiva frustrada assim. Muitas vezes nos deixamos levar por sonhos perdidos e ideias fantasiosas que não fazem nada mais que retardar o ciclo consciente e racional que, inconscientemente, seguimos, ciclando amor e ódio a todo tempo. É difícil admitir isto porque foge completamente do padrão que temos de felicidade, mas nem todo mundo precisa de amor para ser feliz, afinal muitas vezes o amor destrói mais que contrói. Está para nascer alguém que prove ser correto o julgamento. Nossa maior dificuldade não é amar, é ser amado. Quando não conseguimos isso, todo o amor que procurávamos, se converte em ódio, o que não resulta em atitudes sensatas. O pior mesmo é quando perdemos as pessoas que amamos por conta de atitudes como essas. Dá vontade de morrer. Um beijo, um abraço. Que seja, eu sempre morro de amores e continuo a viver, é a lei natural da vida, uma mulher ingrata, que te beija e te abraça, te rouba e te mata.

Felipe Silva Borborema

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Fantasmas

Faz tempo que o tempo já não passa, tudo se torna estático, monótono. Repito os mesmos erros sem me dar conta do que faço, muito menos à quem faço. Meu tempo corre, eu corro contra o tempo. Os fantasmas do meu passado me assombram o tempo todo, me pedindo para voltar em uma, ou duas vidas atrás, atrás daquilo tudo que me esqueci de ter vivido. Quando se pensa no tempo como uma linha, nunca se pode ultrapassá-lo sem desfazer seus nós, a menos que deixe de viver, ou inconscientemente, viva. Meus próprios mártires não me deixam prosseguir, e minha consciência já me condena ao próprio inferno. O julgamento não faz sentido quando nos submetemos a autopunição, condenação apenas dos justos, que por fim sempre descansam. Se ainda permanece algo bom dentro de mim, eu não sinto. Não amo mais. Tudo que trazia junto ao meu sorriso, foi deposto pelo meu pranto, que de verdadeiro possui apenas minhas lágrimas. Tenho pena dos que ainda perdem tempo me julgando. Perda de tempo. A única coisa que me consome é a repulsa pelos vermes que lambem o altar desses tolos que não sabem interpretar. Estou vazio. Eu sinto muito, mas não sinto nada.

Felipe Silva Borborema.

sábado, 2 de julho de 2011

Erro

O que fazer quando não há mais nada que se pode fazer? Essa é a pergunta que me faço. Faz tempo que faço coisas sem que ao menos eu faça ideia do que fazer, afinal tudo que faço é feito à partir de um defeito. Defeitos, esses meus defeitos, que sempre me dizem tudo que deve ser dito. Dizer que dizem tudo que deve ser dito, é clichê. Porém dizer realmente o que deve ser dito é necessário. Nunca digo nunca, apenas digo que não. Digo também que dizem as sábias línguas que dizer muito é o mesmo que dizer nada. Dizem. Penso como pensam os sábios, ou pelo menos penso assim. Pensar me consome todo o pensamento. Pensei que pensando como os sábios, pensariam que penso superior. Erro. Errar é humano. Insistir no erro é humano. A vida é um erro.

Felipe Silva Borborema
Dedicado para Ana Cláudia Chaves =)