segunda-feira, 16 de maio de 2011

Chuvas de Novembro

Chuvas de Novembro me lembram uma música, me lembram um lugar que quando eu era criança, me escondia para esperar a chuva passar e rezava para que ela e o trovão passassem despercebidos por mim. As Chuvas de Novembro me lembram todas as vezes que eu olhava naqueles olhos profundos e, por mais que eles expirassem felicidade, eu ainda enxergava um traço de dor em seu interior. Me lembram também aquele banho de chuva que tomei, e que ficou gravado na minha memória como um dos momentos mais felizes da minha vida, onde gozar da liberdade era lei. As Chuvas de Novembro me trazem esperança de dias melhores, melhores na dor, melhores no amor. Olho pela abertura da janela e acabo de assistir a mais um episódio das Chuvas de Novembro. No momento, tudo que sinto é a incerteza dos dias que estão por vir pois, os dias melhores que espero, serão melhores a quem? Afinal, as Chuvas de Novembro só pertencem a Novembro, que já se vai embora logo mais, e carrega com ele todas as gotas de esperança que por dias caíram e foram desperdiçadas pelo chão sem se quer uma gota do amor que mereciam. Adeus Novembro, e que venham seus dias melhores, quem sabe.

Felipe Silva Borborema

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