segunda-feira, 27 de junho de 2011

Reflexão

Cuidado. Dizem que o mundo é dos espertos, sim, é verdade. O mundo é dos espertos, não daqueles que se julgam espertos, pois quanto mais esperto se é, mais se chega a conclusão do quão bobo somos.

Felipe Silva Borborema

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Momelys

Sabe aquela vontade repentina que dá de ter um abraço daquela pessoa naquele momento? É como aquela súbita vontade de tomar fanta uva. Um abraço daqueles, arrebatadores. Abraço, este, que ao mesmo tempo que tranquiliza, derrama lágrimas. Abraço de afagar e afogar, ao mesmo tempo. Me sinto seguro quando me abraças, e o único medo que tenho é que me soltes. Medo, este, que desaparece quando me soltas e me encontro frente à teu sorriso, que leva pra longe todas as armadilhas do tempo, como o vento. Desconheço todos esses meus sentimentos, apenas sei que és essencial em minha vida, mesmo que de longe. Em momentos avulsos, porém frequentes, me encontro diante da vida, então caminho sem rumo, com o pensamento ilhado nas minhas próprias verdades, com uma única certeza: cairei. Certeza, esta, que é logo minimizada por ti, que sempre esteves ao meu lado para me segurar, mesmo que em cima de um patins. Sou apenas mais um louco ingrato que, por uma vida inteira, sempre precisará de ti. Obrigado.

Felipe Silva Borborema
Dedicado para Nathaly Silveira, melhor amiga do mundo. Te amo.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Epifania

     Minha consciência anônima já não suporta mais a carga proveniente de meus devaneios, insultos à integridade do saber. Agora, a filosofia relativa que me proponho a seguir é objetivamente o alcance de minha epifania. Os acasos do tempo, que me são pregados como peças armadas em um tabuleiro de xadrez, são o que tornam essa busca ainda mais prazerosa, prazer no sentido subjetivo. Será que a vida é feita de momentos, ou os momentos que são feitos pela vida? É difícil responder quando se deseja apenas um momento.
     Não digo que me arrependo, é baixo, afinal toda a minha ignorância se converte em experiência quando, por apenas um momento, paro. Já não preciso mais de um corpo que sente. Preciso apenas de uma consciência. Acabo de quebrar minhas correntes, rasgar meu uniforme, e sair da caverna. Epifania. Agora, se ainda quiser me roubar com um abraço profano, mas que seja sincero, faça-o. Só não me diga que por uma vida inteira, desperdicei o que tinha de mais puro dentro de mim, lágrimas, que ao caírem, carregavam tudo que eu gostaria de ter vivido, e que agora, ao chão, choram por não poderem molhar demasiadamente os meus olhos, que secam ao ponto de desejarem o inferno.

Felipe Silva Borborema

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ironia

Como é singela a arte da Ironia. Ironizar a vida é a única forma de conseguir prazer em meio a tanta agonia. Alguns olham a ironia com maus olhos, na verdade, quase todos, porém nem desconfiam que a felicidade é proveniente dela. É singular a capacidade irônica que temos de dizer absolutamente tudo de todas as maneiras possíveis. O que se faz importante não é especificamente a essência do que dizemos, mas sim a forma irônica que utilizamos para interpretar e principalmente reproduzir nossas ideias. O que não me pedes chorando que não faço rindo? Sim, é isso mesmo. O nível de ignorância de algumas pessoas não me espanta mais diante de um mundo que se torna inteligível quando a Ironia é posta na mesa, afinal quando a atingimos, conseguimos um leque aberto e repleto de possibilidades que nos faz rir diante das situações crônicas que nos são impostas, necessárias. Aos disprovidos de felicidade, a Ironia que vos abrace, pois a felicidade de vocês na ausência dela é que me traz a certeza de dias simplesmente únicos. Pura ignorância, sem hipocrisia, por favor.

Felipe Silva Borborema