Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br
O horizonte que vejo pela janela da vida, me mostra simplesmente um nada. Sinto falta do que nunca me pertenceu. Uma vida negativada à base de erros, é o que se constrói para quem tem um alicerce de vidro. Sentimos prazeres partidos de nossas vontades mais ocultas e sacanas, que, por sinal, temos medo de admiti-las até para nós mesmos. Um átimo é deposto do meu interior com a mesma voracidade e fúria do despertar de um vulcão, que faz propagar pelo ar apenas um urro sangrento de dor, implorando liberdade para o inferno.
A gladius, que me cega os olhos com o brilho refletido de seu corpo, ao brandir, me rasga o peito e depõe o meu pranto ao passo que acaba de destruir todos os meus sonhos impregnados neste coração.
Cansei de sentir badalos através daquilo que já está morto. Ao leito de morte por amor, me canso de assistir. Fecho os olhos agora, apenas escuto. Tudo que ouço é um último escarro de dor desesperada, que me fascina e me faz entender que o único destino que temos, é realmente estar aqui, sozinhos como começamos.
Texto por Felipe Silva Borborema
terça-feira, 23 de agosto de 2011
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Se é pra falar de amor...
Talvez você não me reconheça quando escrevo, talvez você não me conheça quando seguro sua mão. Somos dois amantes de cargas opostas, procurando um único horizonte que nunca se encontra no mesmo plano. O tempo nunca se aliou às minhas expectativas no sentido de me favorecer a você, óbvio, o tempo não pára.
Às vezes, fecho os olhos e me vejo tão próximo de ti, que sou capaz de beijar-te os lábios por um breve momento. Em contraponto, ao abrir os olhos, mais uma perspectiva frustrada de amor me consome num cruel choque de realidade. Queria eu que o amor fosse assim, tão simples como o mar.
Dois amantes que nunca se fitaram, é o que somos. Dois corações em busca de amor, com apenas um medo: encontrá-lo. Receio que seja tarde demais, pois, aqui dentro, tudo que era amor se transformou no mais perverso caleidoscópio de sentimentos sem nenhuma razão. Um turbilhão de sensações me move, e me faz mergulhar num sentimento voraz de nostalgia à tudo aquilo que nunca tive. O vento, assim como o mar, sempre procura os horizontes certos no mesmo plano. Esse mesmo vento que me carrega, é o que me afaga com sua brisa. Esse mesmo mar que me conduz, é o que me afoga em sua imensidão.
Dizer que te amo é muito pouco, afinal você me deu muito mais do que palavras quando tudo e nada eram um só. Sabe, tenho vontade de voar como o vento, e ser infinito, assim como o mar. Mas nada disso faz sentido, pois você não está aqui.
Foi tudo um sonho, tudo é um sonho. Não me acorde, pois quero sonhar junto a ti, pelo menos até o final.
Felipe Silva Borborema
Às vezes, fecho os olhos e me vejo tão próximo de ti, que sou capaz de beijar-te os lábios por um breve momento. Em contraponto, ao abrir os olhos, mais uma perspectiva frustrada de amor me consome num cruel choque de realidade. Queria eu que o amor fosse assim, tão simples como o mar.
Dois amantes que nunca se fitaram, é o que somos. Dois corações em busca de amor, com apenas um medo: encontrá-lo. Receio que seja tarde demais, pois, aqui dentro, tudo que era amor se transformou no mais perverso caleidoscópio de sentimentos sem nenhuma razão. Um turbilhão de sensações me move, e me faz mergulhar num sentimento voraz de nostalgia à tudo aquilo que nunca tive. O vento, assim como o mar, sempre procura os horizontes certos no mesmo plano. Esse mesmo vento que me carrega, é o que me afaga com sua brisa. Esse mesmo mar que me conduz, é o que me afoga em sua imensidão.
Dizer que te amo é muito pouco, afinal você me deu muito mais do que palavras quando tudo e nada eram um só. Sabe, tenho vontade de voar como o vento, e ser infinito, assim como o mar. Mas nada disso faz sentido, pois você não está aqui.
Foi tudo um sonho, tudo é um sonho. Não me acorde, pois quero sonhar junto a ti, pelo menos até o final.
Felipe Silva Borborema
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