quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Se é pra falar de amor...

Talvez você não me reconheça quando escrevo, talvez você não me conheça quando seguro sua mão. Somos dois amantes de cargas opostas, procurando um único horizonte que nunca se encontra no mesmo plano. O tempo nunca se aliou às minhas expectativas no sentido de me favorecer a você, óbvio, o tempo não pára.
Às vezes, fecho os olhos e me vejo tão próximo de ti, que sou capaz de beijar-te os lábios por um breve momento. Em contraponto, ao abrir os olhos, mais uma perspectiva frustrada de amor me consome num cruel choque de realidade. Queria eu que o amor fosse assim, tão simples como o mar.
Dois amantes que nunca se fitaram, é o que somos. Dois corações em busca de amor, com apenas um medo: encontrá-lo. Receio que seja tarde demais, pois, aqui dentro, tudo que era amor se transformou no mais perverso caleidoscópio de sentimentos sem nenhuma razão. Um turbilhão de sensações me move, e me faz mergulhar num sentimento voraz de nostalgia à tudo aquilo que nunca tive. O vento, assim como o mar, sempre procura os horizontes certos no mesmo plano. Esse mesmo vento que me carrega, é o que me afaga com sua brisa. Esse mesmo mar que me conduz, é o que me afoga em sua imensidão.
Dizer que te amo é muito pouco, afinal você me deu muito mais do que palavras quando tudo e nada eram um só. Sabe, tenho vontade de voar como o vento, e ser infinito, assim como o mar. Mas nada disso faz sentido, pois você não está aqui.
Foi tudo um sonho, tudo é um sonho. Não me acorde, pois quero sonhar junto a ti, pelo menos até o final.

Felipe Silva Borborema

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