sábado, 3 de setembro de 2011

Ao que sinto

Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br

Dizem que Deus sempre escreve certo por linhas tortas, e é exatamente o que o amor faz. O amor nunca dura para sempre, mas é sempre eterno enquanto dura, é o fogo que se acende no vazio, no meio de um coração inconsequente, abandonado na rua da perdição. O amor nunca nos decepciona, é o amante fiel. Nossa única decepção é quando ele se vai e, mais uma vez, nos vemos sozinhos, da mesmo forma com que começamos e começaremos tudo mais uma vez.
O amor sempre vem acompanhado pelo medo, medo de sofrer, de se machucar. O amor me vem com unhas escarlates, cor de sangue, que me lembram todas as feridas sofridas por meu coração que, de alguma forma, ainda pede asilo no afago daquelas mãos. Sabe aquele amor que há, mas se sente sem saber? É esse amor que me salva de meus martírios, que se escondem atrás de um sorriso do qual transbordam as frustrações de meus erros.
Me sinto na condição de sorrir novamente, creio que minhas linhas tortuosas estão chegando ao final e, desde que não me levem de novo à garganta do diabo, tenho a certeza de que posso encontrar a felicidade num sorriso tímido que receia, como eu, encontrar o amor.

Texto por Felipe Silva Borborema

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