quinta-feira, 22 de setembro de 2011

À tudo que sempre quis...

Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br

Pura estupidez o que faço, jogo minha felicidade fora mais uma vez. É um jogo de sorte e azar que se faz por dois lados de uma moeda chamada obsessão. O mundo que me absorve não pertence à minha plena consciência, pois sempre que o faço, me desfaço em seus desencantos que me matam e retiram até a minha última gota de suor ensanguentada. Me machuca a minha infiel discrepância de humor, que quase sempre me acorrenta ao chão, e me expulsa de todos os quentes planos daqueles que me desejam sorrisos. Em minha mente, me flagro à beira de um abismo, prestes a me jogar ao vento que me faz esquecer de tudo que vi e senti. Meus devaneios são frutos de dúvidas providas de uma essência que nunca me pertenceu, mas que me possui e me faz exaurir como fome em banquete. Me sinto perdido, sem saber como viver num mundo tão grande. Se escrevo hoje, não é exclusivamente para mim. Não escrevo. Deixo que minha alma e meu coração extravasem o controle da minha mente e, sem restrições, se posicionem, com muita vergonha, ajoelhando aos pés do amor.

Texto por Felipe Silva Borborema

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