Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br
Os meus olhos em carne viva retalhada já se cansam de chorar por tudo aquilo que ficou em mim. Eu já não sei mais o que se passa nesse coração que, por mais machucado que esteja, nunca cessa ao bater por amor. Queria que ao menos uma vez, alguém o ouvisse. É como um chamado desesperado ao crepúsculo da vida. O áustero desespero que me afoga em vida, em morte é o que me mantém vivo, imerso numa realidade utópica que quase sempre me conduz ao nirvana.
Meu amor não passa de um mero espículo de rosa dada ao ponto da florescência amarga da vida. Meu coração se faz presente onde o vento existe. É difícil reconhecer a hora de desistir, principalmente quando se tem um ego implacável que sempre afasta as pessoas quando se ama. Sim, é tempo de desistir, recomeçar. Começar do ponto onde tudo se deu origem, afinal é triste a sensação de olhar para trás e se sentir mais vazio do que era quando iniciamos a caminhada.
Texto por Felipe Silva Borborema

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