sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

...é você.

Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br

Às vezes no silêncio de um coração gritante, me flagro pensando em você. Esses dias não possuem mais o mesmo peso. Os meus olhos já não são mais os mesmos. Queria que fosse
tudo mais simples, mas talvez não teria paixão. Queria que todo o meu coração se transformasse em amor, porque metade de mim é amor, e a outra metade é vontade. Se duvidastes, quero dar-lhe o meu último suspiro, o que não mais que uma marca lhe faria, pois até mesmo a última granada da terra, marcante foste. Nada lhe peço em troca, pois o que fui, esqueci-me, o que sou é esmeralda, e o que serei, será para sempre, amor. Ninguém em seu lugar. Meus olhos, molhados por fantasmas de meu passado, já não se curvam mais diante de ti. E, sabe… egoísmo da absoluta parte em petulância, para mim, transcreve apenas o que não se pode evitar. Quero apenas que seja, porque metade de mim é o que sou, e a outra metade, é você.

Texto por Felipe Silva Borborema

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Fé cega mata mais do que falta de fé

Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br

Sei que não posso te tocar, mas hoje acordei feliz por ter sonhado contigo. Às vezes fico me perguntando se realmente vale a pena sonhar tanto, querer tanto, te querer tanto. Todos os caminhos me levam a você, e seja qual for que eu escolha, sempre me deparo num áspero talo espinhoso de rosa.
Os meus olhares não são mais os mesmos. O gosto dos meus dias aguça cada vez mais a minha incessante busca por felicidade. Sinto falta do calor do teu corpo, do doce dos teus beijos, do afagar da tua mão e do som da sua voz, me dizendo que tudo isso será pra sempre, algo que nunca tive. Sinto falta de tudo aquilo que nos aguarda e que, pacientemente, espera por nós.
Tenho certeza de que você está sentindo tudo o que estou escrevendo, e por cada palavra que lhe entra no coração, derrama uma lágrima em escarlate. Me sinto criança novamente. Uma criança que ama na mais pura inocência do amor. Quero tudo o que nunca tive. Entre dois lados: o real, e o normal, uma linha tênue se faz em meio a duas dimensões. Sinto tudo, mas receio não ter aprendido nada com o passado. Me diga apenas que vai ficar tudo bem, quero você perto de mim, pois essa busca sem focos me mata aos poucos e me joga no chão, afinal, fé cega mata mais do que falta de fé.

Texto por Felipe Silva Borborema

sábado, 15 de outubro de 2011

Deixa?


Ei, não quero perder seu amor. Porque você faz isso comigo? Gosto tanto de você. Acho que estou doente, tô com sintomas de saudade. Não quero sofrer mais, eu já aprendi a minha lição. Por favor, me deixa sair. Me deixa sair para te abraçar? Eu só quero te fazer feliz. Ei, você, porque me maltrata tanto? Eu não quero te fazer mal. Desejo algo tão simples. O que? Você não me reconhece mais? Já me fez tantas promessas, tantas juras de amor. Eu só vivo por ti, pra te amar. Me deixa sair! Esse peito já não me suporta mais. Eu já não suporto tanto amor dentro de mim, me deixa sair. Quero extravazar esse amor, e quero que ele seja seu. Me deixa te amar? Prometo que não te machuco, só quero te amar. Por favor, deixa eu te amar?

Felipe Silva Borborema

Falta Saudade

Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br

Eu desisto. Desisto de tudo que me prende e me queima, desisto de tudo que me tornei. Olho para trás e tudo o que sinto é vontade de sentir novamente. Sentir o verdadeiro amor do coração, o brilho no olho da criança, e o afago da mão que apedreja. Acho que o nome disso é saudade. Escrever já se tornou algo monótono pois ao passo que deslizo o lápis sobre o papel, a melancolia de uma vida vazia me consome e me faz enxergar um mar negro de impossibilidades, porém, é tudo que me resta. Eu quero mais. Tenho sede por domínio, quero aspirar, desejar, fazer verdade. Viver de mentiras é muito mais fácil, cômodo… mas não é suficiente. Menosprezo os prezados passos dos vermes que lambem o altar, pois são tão tolos que não sabem interpretar. Hipocrisia de minha parte fazê-lo. Um tanto quanto maluco quando se pensa em leis. Minhas preces profanas são minha esperança. Carrego uma carta na manga, e com ela, lhes dou a palavra de que minha palavra é escrita quando desejo, afinal a palavra é o meu domínio sobre o mundo, e dela, faço todas as minhas verdades.

Texto por Felipe Silva Borborema

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Crepúsculo da vida

Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br

Os meus olhos em carne viva retalhada já se cansam de chorar por tudo aquilo que ficou em mim. Eu já não sei mais o que se passa nesse coração que, por mais machucado que esteja, nunca cessa ao bater por amor. Queria que ao menos uma vez, alguém o ouvisse. É como um chamado desesperado ao crepúsculo da vida. O áustero desespero que me afoga em vida, em morte é o que me mantém vivo, imerso numa realidade utópica que quase sempre me conduz ao nirvana.
Meu amor não passa de um mero espículo de rosa dada ao ponto da florescência amarga da vida. Meu coração se faz presente onde o vento existe. É difícil reconhecer a hora de desistir, principalmente quando se tem um ego implacável que sempre afasta as pessoas quando se ama. Sim, é tempo de desistir, recomeçar. Começar do ponto onde tudo se deu origem, afinal é triste a sensação de olhar para trás e se sentir mais vazio do que era quando iniciamos a caminhada.

Texto por Felipe Silva Borborema

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

À tudo que sempre quis...

Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br

Pura estupidez o que faço, jogo minha felicidade fora mais uma vez. É um jogo de sorte e azar que se faz por dois lados de uma moeda chamada obsessão. O mundo que me absorve não pertence à minha plena consciência, pois sempre que o faço, me desfaço em seus desencantos que me matam e retiram até a minha última gota de suor ensanguentada. Me machuca a minha infiel discrepância de humor, que quase sempre me acorrenta ao chão, e me expulsa de todos os quentes planos daqueles que me desejam sorrisos. Em minha mente, me flagro à beira de um abismo, prestes a me jogar ao vento que me faz esquecer de tudo que vi e senti. Meus devaneios são frutos de dúvidas providas de uma essência que nunca me pertenceu, mas que me possui e me faz exaurir como fome em banquete. Me sinto perdido, sem saber como viver num mundo tão grande. Se escrevo hoje, não é exclusivamente para mim. Não escrevo. Deixo que minha alma e meu coração extravasem o controle da minha mente e, sem restrições, se posicionem, com muita vergonha, ajoelhando aos pés do amor.

Texto por Felipe Silva Borborema

sábado, 3 de setembro de 2011

Ao que sinto

Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br

Dizem que Deus sempre escreve certo por linhas tortas, e é exatamente o que o amor faz. O amor nunca dura para sempre, mas é sempre eterno enquanto dura, é o fogo que se acende no vazio, no meio de um coração inconsequente, abandonado na rua da perdição. O amor nunca nos decepciona, é o amante fiel. Nossa única decepção é quando ele se vai e, mais uma vez, nos vemos sozinhos, da mesmo forma com que começamos e começaremos tudo mais uma vez.
O amor sempre vem acompanhado pelo medo, medo de sofrer, de se machucar. O amor me vem com unhas escarlates, cor de sangue, que me lembram todas as feridas sofridas por meu coração que, de alguma forma, ainda pede asilo no afago daquelas mãos. Sabe aquele amor que há, mas se sente sem saber? É esse amor que me salva de meus martírios, que se escondem atrás de um sorriso do qual transbordam as frustrações de meus erros.
Me sinto na condição de sorrir novamente, creio que minhas linhas tortuosas estão chegando ao final e, desde que não me levem de novo à garganta do diabo, tenho a certeza de que posso encontrar a felicidade num sorriso tímido que receia, como eu, encontrar o amor.

Texto por Felipe Silva Borborema

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Até o final...

Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br

O horizonte que vejo pela janela da vida, me mostra simplesmente um nada. Sinto falta do que nunca me pertenceu. Uma vida negativada à base de erros, é o que se constrói para quem tem um alicerce de vidro. Sentimos prazeres partidos de nossas vontades mais ocultas e sacanas, que, por sinal, temos medo de admiti-las até para nós mesmos. Um átimo é deposto do meu interior com a mesma voracidade e fúria do despertar de um vulcão, que faz propagar pelo ar apenas um urro sangrento de dor, implorando liberdade para o inferno.
A gladius, que me cega os olhos com o brilho refletido de seu corpo, ao brandir, me rasga o peito e depõe o meu pranto ao passo que acaba de destruir todos os meus sonhos impregnados neste coração.
Cansei de sentir badalos através daquilo que já está morto. Ao leito de morte por amor, me canso de assistir. Fecho os olhos agora, apenas escuto. Tudo que ouço é um último escarro de dor desesperada, que me fascina e me faz entender que o único destino que temos, é realmente estar aqui, sozinhos como começamos.

Texto por Felipe Silva Borborema

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Se é pra falar de amor...

Talvez você não me reconheça quando escrevo, talvez você não me conheça quando seguro sua mão. Somos dois amantes de cargas opostas, procurando um único horizonte que nunca se encontra no mesmo plano. O tempo nunca se aliou às minhas expectativas no sentido de me favorecer a você, óbvio, o tempo não pára.
Às vezes, fecho os olhos e me vejo tão próximo de ti, que sou capaz de beijar-te os lábios por um breve momento. Em contraponto, ao abrir os olhos, mais uma perspectiva frustrada de amor me consome num cruel choque de realidade. Queria eu que o amor fosse assim, tão simples como o mar.
Dois amantes que nunca se fitaram, é o que somos. Dois corações em busca de amor, com apenas um medo: encontrá-lo. Receio que seja tarde demais, pois, aqui dentro, tudo que era amor se transformou no mais perverso caleidoscópio de sentimentos sem nenhuma razão. Um turbilhão de sensações me move, e me faz mergulhar num sentimento voraz de nostalgia à tudo aquilo que nunca tive. O vento, assim como o mar, sempre procura os horizontes certos no mesmo plano. Esse mesmo vento que me carrega, é o que me afaga com sua brisa. Esse mesmo mar que me conduz, é o que me afoga em sua imensidão.
Dizer que te amo é muito pouco, afinal você me deu muito mais do que palavras quando tudo e nada eram um só. Sabe, tenho vontade de voar como o vento, e ser infinito, assim como o mar. Mas nada disso faz sentido, pois você não está aqui.
Foi tudo um sonho, tudo é um sonho. Não me acorde, pois quero sonhar junto a ti, pelo menos até o final.

Felipe Silva Borborema

terça-feira, 19 de julho de 2011

Homenagem ao Dia do Amigo

Foto por Roberto Júnior www.robertojr.com.br


   Quase todas as pessoas que passam pela nossa vida, passam sozinhas, mas nunca nos deixam só, pois sempre deixam algo delas em nós. São raras as pessoas que não passam simplesmente, mas ficam em nossa vida. São raras as pessoas que não apenas deixam algo conosco, mas roubam algo de nós. Mais raras ainda são as pessoas que além de nos roubarem algo, devolvem tudo em dobro, plantando uma semente em nossos corações: a amizade.
   Amigo não é aquele que simplesmente segura a barra quando necessário, mas é aquele que segura a mão para evitar a queda, e segura a mesma mão para te levantar quando ela acontece. Amigo não é sempre a pessoa que queremos, mas sim a que necessitamos. Quem tem um amigo, nunca morre. Pois os mesmos olhos que sorriem por toda a vida de um amigo, são os olhos que guardam a lembrança de tua amizade ao partir.

Texto por Felipe Borborema.

Essa foi uma mensagem de Felipe e Roberto para todos aqueles que valorizam a amizade como uma das principais virtudes humanas.

sábado, 16 de julho de 2011

Tão certo quanto o Talvez

Realmente me assusta a ideia de passar a vida inteira com alguém. É difícil enxergar o futuro por essa perspectiva, uma perspectiva frustrada de amor. Por menos hipócritas que sejamos, é difícil enxergar que sempre nos colocamos em primeiro lugar e nos importamos mais com nós mesmos do que com o outro. Isso justifica o fato de ter uma perspectiva frustrada assim. Muitas vezes nos deixamos levar por sonhos perdidos e ideias fantasiosas que não fazem nada mais que retardar o ciclo consciente e racional que, inconscientemente, seguimos, ciclando amor e ódio a todo tempo. É difícil admitir isto porque foge completamente do padrão que temos de felicidade, mas nem todo mundo precisa de amor para ser feliz, afinal muitas vezes o amor destrói mais que contrói. Está para nascer alguém que prove ser correto o julgamento. Nossa maior dificuldade não é amar, é ser amado. Quando não conseguimos isso, todo o amor que procurávamos, se converte em ódio, o que não resulta em atitudes sensatas. O pior mesmo é quando perdemos as pessoas que amamos por conta de atitudes como essas. Dá vontade de morrer. Um beijo, um abraço. Que seja, eu sempre morro de amores e continuo a viver, é a lei natural da vida, uma mulher ingrata, que te beija e te abraça, te rouba e te mata.

Felipe Silva Borborema

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Fantasmas

Faz tempo que o tempo já não passa, tudo se torna estático, monótono. Repito os mesmos erros sem me dar conta do que faço, muito menos à quem faço. Meu tempo corre, eu corro contra o tempo. Os fantasmas do meu passado me assombram o tempo todo, me pedindo para voltar em uma, ou duas vidas atrás, atrás daquilo tudo que me esqueci de ter vivido. Quando se pensa no tempo como uma linha, nunca se pode ultrapassá-lo sem desfazer seus nós, a menos que deixe de viver, ou inconscientemente, viva. Meus próprios mártires não me deixam prosseguir, e minha consciência já me condena ao próprio inferno. O julgamento não faz sentido quando nos submetemos a autopunição, condenação apenas dos justos, que por fim sempre descansam. Se ainda permanece algo bom dentro de mim, eu não sinto. Não amo mais. Tudo que trazia junto ao meu sorriso, foi deposto pelo meu pranto, que de verdadeiro possui apenas minhas lágrimas. Tenho pena dos que ainda perdem tempo me julgando. Perda de tempo. A única coisa que me consome é a repulsa pelos vermes que lambem o altar desses tolos que não sabem interpretar. Estou vazio. Eu sinto muito, mas não sinto nada.

Felipe Silva Borborema.

sábado, 2 de julho de 2011

Erro

O que fazer quando não há mais nada que se pode fazer? Essa é a pergunta que me faço. Faz tempo que faço coisas sem que ao menos eu faça ideia do que fazer, afinal tudo que faço é feito à partir de um defeito. Defeitos, esses meus defeitos, que sempre me dizem tudo que deve ser dito. Dizer que dizem tudo que deve ser dito, é clichê. Porém dizer realmente o que deve ser dito é necessário. Nunca digo nunca, apenas digo que não. Digo também que dizem as sábias línguas que dizer muito é o mesmo que dizer nada. Dizem. Penso como pensam os sábios, ou pelo menos penso assim. Pensar me consome todo o pensamento. Pensei que pensando como os sábios, pensariam que penso superior. Erro. Errar é humano. Insistir no erro é humano. A vida é um erro.

Felipe Silva Borborema
Dedicado para Ana Cláudia Chaves =)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Reflexão

Cuidado. Dizem que o mundo é dos espertos, sim, é verdade. O mundo é dos espertos, não daqueles que se julgam espertos, pois quanto mais esperto se é, mais se chega a conclusão do quão bobo somos.

Felipe Silva Borborema

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Momelys

Sabe aquela vontade repentina que dá de ter um abraço daquela pessoa naquele momento? É como aquela súbita vontade de tomar fanta uva. Um abraço daqueles, arrebatadores. Abraço, este, que ao mesmo tempo que tranquiliza, derrama lágrimas. Abraço de afagar e afogar, ao mesmo tempo. Me sinto seguro quando me abraças, e o único medo que tenho é que me soltes. Medo, este, que desaparece quando me soltas e me encontro frente à teu sorriso, que leva pra longe todas as armadilhas do tempo, como o vento. Desconheço todos esses meus sentimentos, apenas sei que és essencial em minha vida, mesmo que de longe. Em momentos avulsos, porém frequentes, me encontro diante da vida, então caminho sem rumo, com o pensamento ilhado nas minhas próprias verdades, com uma única certeza: cairei. Certeza, esta, que é logo minimizada por ti, que sempre esteves ao meu lado para me segurar, mesmo que em cima de um patins. Sou apenas mais um louco ingrato que, por uma vida inteira, sempre precisará de ti. Obrigado.

Felipe Silva Borborema
Dedicado para Nathaly Silveira, melhor amiga do mundo. Te amo.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Epifania

     Minha consciência anônima já não suporta mais a carga proveniente de meus devaneios, insultos à integridade do saber. Agora, a filosofia relativa que me proponho a seguir é objetivamente o alcance de minha epifania. Os acasos do tempo, que me são pregados como peças armadas em um tabuleiro de xadrez, são o que tornam essa busca ainda mais prazerosa, prazer no sentido subjetivo. Será que a vida é feita de momentos, ou os momentos que são feitos pela vida? É difícil responder quando se deseja apenas um momento.
     Não digo que me arrependo, é baixo, afinal toda a minha ignorância se converte em experiência quando, por apenas um momento, paro. Já não preciso mais de um corpo que sente. Preciso apenas de uma consciência. Acabo de quebrar minhas correntes, rasgar meu uniforme, e sair da caverna. Epifania. Agora, se ainda quiser me roubar com um abraço profano, mas que seja sincero, faça-o. Só não me diga que por uma vida inteira, desperdicei o que tinha de mais puro dentro de mim, lágrimas, que ao caírem, carregavam tudo que eu gostaria de ter vivido, e que agora, ao chão, choram por não poderem molhar demasiadamente os meus olhos, que secam ao ponto de desejarem o inferno.

Felipe Silva Borborema

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ironia

Como é singela a arte da Ironia. Ironizar a vida é a única forma de conseguir prazer em meio a tanta agonia. Alguns olham a ironia com maus olhos, na verdade, quase todos, porém nem desconfiam que a felicidade é proveniente dela. É singular a capacidade irônica que temos de dizer absolutamente tudo de todas as maneiras possíveis. O que se faz importante não é especificamente a essência do que dizemos, mas sim a forma irônica que utilizamos para interpretar e principalmente reproduzir nossas ideias. O que não me pedes chorando que não faço rindo? Sim, é isso mesmo. O nível de ignorância de algumas pessoas não me espanta mais diante de um mundo que se torna inteligível quando a Ironia é posta na mesa, afinal quando a atingimos, conseguimos um leque aberto e repleto de possibilidades que nos faz rir diante das situações crônicas que nos são impostas, necessárias. Aos disprovidos de felicidade, a Ironia que vos abrace, pois a felicidade de vocês na ausência dela é que me traz a certeza de dias simplesmente únicos. Pura ignorância, sem hipocrisia, por favor.

Felipe Silva Borborema

sábado, 28 de maio de 2011

"amizade"

Era tudo que eu precisava para despertar: sangue fervente correndo nas veias e pulsando pelas extremidades querendo sair. Me sinto mais que obrigado a escrever. O sentimento de decepção acompanhado por uma suave gota de ódio tomam conta de mim nesse momento e me fazem rir, rir de mim mesmo. Começo a acreditar que é mais prazeroso ser temido do que amado, afinal o medo alheio é o que alimenta o meu ego, que se faz cada vez maior devido à minha postura diante de situações nada corriqueiras. Pela primeira vez sinto orgulho da minha frieza, que um dia foi crucificada e taxada como defeito: HAHA. Defeito para você, e só para você que sabia que um dia seria sua pior inimiga. Um segundo. Do branco para o preto. Toda forma de energia produzida no universo volta multiplicada por três ao seu ponto de origem. Sim, eu disse por três. E quando isso lhe vier, apenas sinta, depois olhe para trás e me diga se valeu a pena. Verá apenas um amigo, eu. Mas estarei de costas indo embora sem sequer deixar um "obrigado", esse que você arrancou e destruiu sem ao menos pensar no que ele representava, meu amigo.

Felipe Silva Borborema

domingo, 22 de maio de 2011

Exemplos

Ser politicamente correto sempre é viver a vida em função daquilo que pensam à seu respeito. Querer agradar uma sociedade onde os rostinhos bonitos, os branquinhos e o papel são colocados como prioridade em detrimento ao que se constrói internamente é um pouco demais. Basta. O único crédito que temos diante desse monstro chamado "padrão", é a incerteza do amanhã, afinal o hoje não importa. Dizer que não devemos ou não nos importamos com que os outros vão falar e pensar é hipocrisía, afinal revogamos todas as nossas opiniões diante de uma simples crítica. Besteira. Quem nunca se olhou no espelho e se sentiu feio, que atire a primeira pedra. Feio à quem? É disso que falo. Não importa se vivemos, ou como vivemos. Não importa para quem vivemos. Não importa. O importante é saber viver, ou melhor, saber ser feliz. Todos temos vários exemplos de personalidades e idolatrias para tais. Exemplos, exemplos... apenas mais um padrão, e que ótimo padrão. Pois mesmo em meio a todos esses exemplos, ninguém consegue ser um completo inútil já que mesmo os piores exemplos podem servir como mau exemplo.

Felipe Silva Borborema

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Amor...

Amo como ama o amor. É simples assim. Há algo melhor que ouvir um sincero "eu te amo"? Sim, com certeza tem. Melhor que isto, só sentindo um "eu te amo", não importa forma ou intensidade, não importa como. Amor não é querer estar perto de uma pessoa o tempo todo, amor é querer que a pessoa esteja feliz, mesmo que não seja ao seu lado. Paixão não significa amor. Amor significa paixão. Amar, ó como é doce e sublime a sensação de amar. Nos sentimos leves, e ao mesmo tempo nos pesa a cabeça por cada fragmento de pensamento para amar. Em cada expressão, em cada sorriso, expiramos parte desse amor, desse coração que não se cansa de amar. Tempo passa, coração bate, e bate mais forte, mais forte por amor. Vontade desperta, desperta mais forte por querer amar tanto. Difícil controlar. Avassalador, chega sem avisar, assim é o amor. Não me permito amar, e daí? Amor não se permite, se sente. Uma vontade para cada coração, a mesma vontade. Quero ser feliz, portanto quero amar. Amor não tem medida, não tem tempo, não tem idade, muito menos escolha, afinal fugir do amor que sentimos é tentar fugir de nós mesmos: impossível, ou não. Amor não tem intensidade, é simplesmente amor. Eu te amo, que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo? Não ser amado é falta de sorte, eu diria. Mas não amar é a própria infelicidade. Portanto viva, ame.

Felipe Silva Borborema
Dedicado para Jéh Guimarães =)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Deixe estar, deixe ser

Um dia o mais provável é tornares-te num chato, 
deixares de sair á noite e começares a levar-te demasiado a sério. Nesse dia, vais começar a vestir cinzento e bege, pedir para baixar o volume da música
e deixar a tua guitarra a apanhar pó. Vais tornar-te politicamente correcto, socialmente evoluído, economicamente consciente. Vais achar que tens de ir para onde toda a gente vai e assumir que tens de usar fato todos os dia. Nesse dia, vais deixar de beijar em público, as tuas viagens serão no sofá e dormirás menos ao relento.
É oficial vais entrar na idade do chinelo e deixar de ser quem foste até então. Vais deixar de te sentar ao colo dos amigos e vais esquecer-te de como se faz um barco de papel. Vais ficar nervosinho de não trocares de carro de 4 em 4 anos e desatinar se o hotel onde estiveres não te der toalhas para o teu macio rosto. Vais tornar-te muito crescido e começar a preocupar-te com tudo e com nada e a não fazer nada porque “vai-se andando” e a vida é mesmo assim, vais dizer não mais vezes, vais ter mais medo, vais achar que não podes, que não deves, que tens vergonha, vais ser mais triste.
Nesse dia também vais deixar de beber refrigerantes. 
Quando esse dia chegar, não lhe fales, mantém-te original.

Nathaly Silveira

terça-feira, 17 de maio de 2011

Para que?

Já não faz mais sentido olhar pela janela e ver novamente aquele brilho que se expande ao longo do infinito à partir do sol. Hoje me deito na cama, escrevo um poema que de meu tem apenas a grafia de pulso próprio. Não me reconheço mais perante ao que escrevo. A ponta do lápis desliza sobre o papel como todo o meu amor que se esvae como areia escorrendo entre os meus dedos. É o mesmo que pegar o ar. Não digo que amo, nem que odeio, tanto faz. Tudo se torna inútil quando não sentimos aquele frio na barriga que nos consome por dentro como uma fera voraz. A xícara de café quente ao lado, um cobertor que esconde tudo e nada, uma luz fraca que ainda brilha por esperança, e meus olhos molhados por fantasmas de um passado que ainda está por vir, não escondem nem o que ainda verão. É simples assim, um vazio que não tem espaço para mais nada. O tic-tac do relógio é ensurdecedor comparado ao tum-tum-tum que vem do coração. Sabe porque ainda escrevo? Escrevo por saber que alguém e principalmente algo no mundo se identificará com isto. Sabe porque tenho essa certeza? É simples, o sol me disse.

Felipe Silva Borborema

Um girassol da cor do seu cabelo

Vento solar e estrelas do mar
A terra azul da cor de seu vestido
Vento solar e estrelas do mar
Você ainda quer morar comigo?

Se eu cantar, não chore não
É só poesia
Eu só preciso ter você
Por mais um dia
Ainda gosto de dançar
Bom dia
Como vai você?

Sol, girassol, verde, vento solar
Você ainda quer dançar comigo?
Vento solar e estrelas do mar
Um girassol da cor de seu cabelo

Se eu morrer não chore não
É só a lua
É seu vestido cor de maravilha nua
Ainda moro nesta mesma rua
Como vai você?
Você vem?
Ou será que é tarde demais?

A terra azul da cor de seu vestido
Um girassol da cor de seu cabelo

Se eu morrer não chore não
É só a lua
É seu vestido cor de maravilha nua
Ainda moro nesta mesma rua
Como vai você?
Você vem?
Ou será que é tarde demais?

O meu pensamento tem a cor de seu vestido
Ou um girassol que tem a cor de seu cabelo?

Composição : Lô Borges / Márcio Borges  
Dedicado para a menina da flor. Obrigado =)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Vontades

   Particular e abstrata, assim deveriam ser designados alguns significados da palavra "vontade". É algo difícil de se imaginar diante de tantos sentimentos, tantos desejos e tantas vontades. Guardo minhas vontades bem dentro de mim desde que me entendo por gente, afinal, são raras as que podemos deixar nos consumir. Que vontade de ter medo! É assustadora a maneira como uma vontade pode se tornar algo tão assustador. Vontade de que? Não faz diferença. A questão é querer, ou não. Quero que seja! Pois faça ser.
   Que me desculpem os desejos, pois, força, essa só a vontade tem, a força de vontade. Deus? Difícil acreditar em apenas uma definição quando temos esta força, afinal a única coisa que cai do céu é água. Que seja feita a vossa vontade! Mas que vontade? A vontade de quem? A NOSSA, porque é a nossa vontade que "move montanhas". Dane-se, dane-se tudo. Quero mais é ser feliz. Então que venham as vontades, me consumam, tirem meu pior e o meu melhor. Quero arder nos seus impulsos, prazeres e arrependimentos. Me mate e me faça viver. Que venha!

Felipe Silva Borborema
Dedicado para Lóren =)

Tristeza não tem fim

Tantas pessoas a minha volta, e tanta solidão. Sorrisos e risos que não carregam felicidade alguma, apenas um disfarce, uma máscara. Meias palavras, verdades incompletas. Tanta coisa, e um vazio maior ainda. Não dá pra ser feliz apenas de momentos. Viver de mentiras, mais fácil, cômodo. A verdade já não faz mais sentido. Felicidade só é mato aonde há fogo, que queime. Coisas fúteis, aparências mediocres, são vida. Pensamentos se esvaem como fome em banquete, não tenho controle. Uma resposta para todas as perguntas: Não sei. Bem-vindo ao meu mundo. Entre se conseguir, viva sem chorar, não lute, nunca retroceda, apenas aceite o que te vier. Nesse mundo existe apenas uma lição para ser aprendida: faça apenas sua felicidade, porque tristeza não tem fim, felicidade sim.

Felipe Silva Borborema

Chuvas de Novembro

Chuvas de Novembro me lembram uma música, me lembram um lugar que quando eu era criança, me escondia para esperar a chuva passar e rezava para que ela e o trovão passassem despercebidos por mim. As Chuvas de Novembro me lembram todas as vezes que eu olhava naqueles olhos profundos e, por mais que eles expirassem felicidade, eu ainda enxergava um traço de dor em seu interior. Me lembram também aquele banho de chuva que tomei, e que ficou gravado na minha memória como um dos momentos mais felizes da minha vida, onde gozar da liberdade era lei. As Chuvas de Novembro me trazem esperança de dias melhores, melhores na dor, melhores no amor. Olho pela abertura da janela e acabo de assistir a mais um episódio das Chuvas de Novembro. No momento, tudo que sinto é a incerteza dos dias que estão por vir pois, os dias melhores que espero, serão melhores a quem? Afinal, as Chuvas de Novembro só pertencem a Novembro, que já se vai embora logo mais, e carrega com ele todas as gotas de esperança que por dias caíram e foram desperdiçadas pelo chão sem se quer uma gota do amor que mereciam. Adeus Novembro, e que venham seus dias melhores, quem sabe.

Felipe Silva Borborema

Camisa 10

Toda vida tem um propósito, um objetivo, já dizia um sábio. Existem as pessoas que não cumprem seus propósitos, as pessoas que cumprem, e aquelas que, além de cumprir, fazem algo a mais. Uma pessoa deste tipo é o que chamo de Camisa 10. Destaque, exemplo, referência, entenda como quiser, o importante é buscar essa camisa e vesti-la. Viva mais, viva mais intensamente. Viva um dia de sol. Beije na boca. Viva um romance. Jogue futebol. Chore, mas com a condição de sorrir depois. Sorria quando tiver vontade, faça o que tiver vontade. Se for dizer algo que machuque alguém, dê-lhe um tapa na cara. Se alguém lhe der um tapa na cara, não revide, ofereça a outra face. Se alguém lhe oferecer a outra face, nunca bata. Peça desculpas aos ignorantes quando estiver certo, e peça desculpa aos justos quando estiver errado. Ria quando
alguém lhe contar uma piada. Comemore um gol. Faça uma loucura. Se apaixone por alguém. Ame alguém. Sempre diga a verdade. Sempre que alguém lhe dizer uma verdade, agradeça. Sempre que alguém lhe dizer uma mentira, agradeça também. Nunca diga nunca. Sinta. Pense no que sente. Se emocione. Cuide de quem corre do seu lado. Nunca veja só o que quiser enxergar. Olhe para trás. Sempre que chorar ouvindo uma música, fique feliz. Nunca faça planos. Planeje o futuro. Almeje sempre o melhor. Pense. Fale. Compre. Beba. Leia. Vote. Não se esqueça. Use. Seja. Ouça. Diga. Sofra. Invente. Inove. Termine. Comece. Tire suas máscaras. Depois de fazer isso tudo, faça algo mais, seja um Camisa 10, porque quem é Camisa 10, joga bola até na chuva.

Felipe Silva Borborema

Vale a pena tentar

Se passa tempo, se passa vontade, se passa sentimento, se passa amor. Se passa tudo, e a gente sempre procurando por aquilo que nunca se faz suficiente dentro de nós, felicidade. Um dia ao olhar pela janela, vi o mais harmonioso encontro da natureza, o sol tocando o mar. Me levantei e fui correndo até a beira da praia sem ter um porque. Será que existe alguma razão? Fui buscar a felicidade. Tentei pegar o mar, mas em uma tentativa frustrada, suas águas me escaparam entre os dedos. Tentei pegar o sol, mas não o alcançava. Me perguntei como algo tão bonito poderia ser tão injusto. Descobri que a felicidade pela qual procuramos está bem mais próxima de nós do que imaginamos, basta apenas abrirmos os olhos e vermos o que estamos enxergando, é mais que óbvio. Se você é alguém que ainda não encontrou a sua felicidade, faça como o Sol: ao final de cada dia ele desce e procura pelo seu amado mar, logo, não o encontra por completo e é substituído pela lua, mas sempre volta no dia seguinte e tenta novamente se encontrar com seu eterno e infinito mar amado. Isso é amor.

Felipe Silva Borborema

Olhe para trás

   Imerso em mais um de seus diversos sonhos, o menino se encontrou num túnel escuro apenas com alguns pontos de iluminação. Ele foi andando em linha reta em direção ao primeiro ponto e viu uma placa que dizia: Não vá com tanta sede ao pote. Não entendeu a mensagem e continuou andando em direção à próxima luz. Ao chegar até ela, ele viu uma outra placa que dizia: Nem tudo que a gente enxerga é aquilo que a gente vê. Achou uma grande besteira e continou a andar. Andou por mais algum tempo até chegar à luz seguinte e encontrou mais uma placa: Há sempre uma luz no fim do túnel. Viu outra luz se ascender mais a frente e mais que depressa foi até ela. Uma outra placa dizia: Que se salve aquele que olhar para trás. Nesse mesmo instante viu uma luz mais a frente que parecia ser o fim do túnel, finalmente havia encontrado a saída. O menino, sem pensar e movido por um impulso, foi correndo em direção a luz. Era um trêm vindo em sua direção. O menino acordou assustado, se levantou da cama e olhou para trás. Lá estava ela, sentada na beira da cama. Ela o entregou uma flor e abriu um sorriso, dizendo: Você me encontrou na hora certa.

Felipe Silva Borborema

Assim Seja

Ao abrir os olhos em mais um dia, o que me vem na cabeça é justamente aquilo que tenho pensado há algum tempo: o que poderia ser. O que é, já não faz tanto sentido como o mundo. Meio que política, meio que vícios, meio que virtudes. A certeza de que tudo ficará bem me conforta e me faz abrir um sorriso novamente. Já disseram que depois da tempestade sempre vem a calmaria, e saber que só o que é bom dura tempo o bastante para se tornar inesquecível, ou melhor, sentir isso, me acalma a alma. Já é inesquecível. E assim seja.

Felipe Silva Borborema

Só os Loucos Sabem

Chocolate nem um pouco, Coca-Cola nem tão pouco. Você é louco? É o que me perguntam quando digo isto. Fugindo do óbvio, me sinto feliz com essa pergunta, me sinto isolado. Mas isolado de uma maneira positiva, especial. Afinal, o que é a loucura? Loucura é tudo que foge do padrão, e porque não dizer, das leis? Leis... limitantes de proibição... certo estava ele ao gritar para o mundo: É PROIBIDO PROIBIR! Como seriamos mais felizes se elas não fossem necessárias. Não adianta idolatrarmos e dizermos que somos fãs depois que nossos loucos e malucos belezas se vão. Deveriamos estar do lado deles, tanto no sucesso como na repressão, e principalmente na loucura. Ser louco é inusitado, e aos mesmo tempo gratificante, afinal de contas, como o "louco" já disse: O que os loucos sabem, SÓ os loucos sabem. Realmente achei que eu era louco por não saber nem o que se passava dentro de mim, até ouvir apenas uma frase que me contou o que era toda a minha loucura: Você tem amor demais dentro de si, tem necessidade de amar. Isso me fez descobrir que louco mesmo é aquele que não consegue amar, muito pior, louco mesmo é aquele que nem conhece o amor. Se hoje eu amo mais do que o demais que eu já amava, é porque... o porque só os loucos sabem...

Felipe Silva Borborema

Ser Conotativo

Cheio de metáforas e conotações, o ser humano é um ser muito curioso. É impressionante a capacidade que temos de ocilar entre dois extremos em uma fração de segundo. Ora amamos, noutra odiamos. Ora estamos felizes, noutra tristes. Mas o que realmente importa não são os extremos em que chegamos, mas sim como
fazemos de cada momento e de cada situação, um motivo, ou necessidade para fazê-lo. Se partirmos do princípio de que tudo na vida é circunstancial, chegamos a conclusão de que isso não acontece por acaso, mas sim por alguma razão. O ciúme é considerado um sentimento circunstancial pelo fato de funcionar como
o ditado: ''A ocasião faz o ladrão'', certo? Ele nos apossa quando sentimos muito medo de perder algo, mas como tudo tem solução, algo tão ruim não poderia ficar de fora, não é verdade? O melhor remédio já inventado para o ciúme é a confiança. A confiança é algo complicado de se obter, principalmente quando se gosta muito de algo, mas como tudo que é difícil tem uma boa recompensa, a confiança é a maior prova de amor que se pode dar à alguém. A confiança é um sentimento forte que une laços mas que pode ser destruída facilmente pela sua maior vilã, a traição. A traição é o ponto mais baixo em que o ser humano pode
chegar pois destrói uma de suas principais virtudes. Mas o que são virtudes? As virtudes de um ser humano é algo que não pode ser explicado com palavras, as virtudes estão em nossas ações aonde realmente podemos provar que somos HUMANOS, ou até mesmo nos pequenos gestos como um ''Obrigado'', ''Por favor'',
''Desculpe'', ''Bom dia''ou ''Eu te amo'', e essas virtudes são o que chamamos de Deus. O Deus e o Diabo, dois opostos extremos e todos, sem excessão nenhuma, possuímos os dois dentro de nós, é o que nos faz educados, rebeldes, frios, medrosos, corajosos, carentes, é o que nos faz ser humano, ninguém nasce bom ou mau, nossas escolhas nos fazem o que somos.

Felipe Silva Borborema

Sonhos Reais

Algo engraçado de se pensar. Uma tarde, uma noite, fez-se. A vontade foi ultrapassada pela voracidade da necessidade. Difícil pensar na essência nesse caso, não seria capaz de explicar-me, muito menos de entender-me. É como encaixar uma peça em um quebra-cabeças completo e mesmo assim continuar tudo vazio. Tornei-me radical com variações e derivações infinitas. Ter certeza de um desejo, saber como fazê-lo e ver-lo diante de si mesmo é difícil. O que matam os desejos são as escolhas e principalmente as obrigações, mas o que seria do mundo sem elas? O que seria do mundo sem ela? Afinal, podem me dar os piores venenos que não morrerei, podem me humilhar e magoar que eu não sofrerei, e podem me empurrar de uma montanha que até assim eu direi: E daí? Eu sei voar, porque um homem que é movido por sonhos, mas sonhos reais, nunca morre. Ele apenas transcende e volta enquanto eles existirem e enquanto ainda houver pelo menos vontade para isso. Tornar-se sufixo já não faz mais parte dessa vida, porque quem é radical não se limita a isso, e sim, faz por merecer mais cada vez mais.

Felipe Silva Borborema